Material seria usado por empresa que faliu na fabricação de painéis solares. Escultura foi exposta no jardim da Universidade da Califórnia.
Após a falência da Solyndra, no começo deste ano, 24 milhões de tubos de vidro de alta tecnologia que seriam destinados à fabricação de painéis solares foram descartados.
Mas os artistas Ronald Rael e Virgina San Fratello encontraram uma forma de transformar o material descartado em arte. Reutilizando 1368 tubos, eles montaram um painel iluminado com as peças.
A instalação, batizada de “SOL Grotto”, faz parte da exposição “Natural Discourse”, que acontece no Jardim Botânico da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).
Segundo os artistas, tubos dispostos em forma de onda, transfixam a parede de um pequeno galpão de madeira construído no jardim, admitindo iluminação e ventilação naturais para o interior do espaço. As peças ainda conferem visões distorcidas do jardim.
Os tubos são, na verdade, vidros revestidos com uma substância reflexiva capaz de conduzir a luz solar captada e transformá-la em uma instigante luz azul.
Para completar a experiência sensorial, o som de um pequeno riacho próximo à instalação é amplificado pela vibração dos vidros.
“A melhor hora para apreciar é no início da manhã”, disse Rael. Para o artista, é muito interessante acompanhar a mudança das peças ao longo dia, principalmente quando as névoas da manhã se dissipam e o sol nasce, fazendo o vidro brilhar intensamente.
A visão através dos tubos é, simultaneamente, caleidoscópica e hipnótica e tornou-se também o lar de diversos insetos encontrados no jardim.
